Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola | Crítica

Confira a opinião do Castiel sobre o longa escrito e estrelado por Danilo Gentili!

Danilo Gentili é um dos humoristas mais populares do Brasil, com milhares de fãs pelo país. Ele é uma referencia quando se trata de humor sem limites na nossa sociedade. Um dos poucos que não deixa calar e não abaixa a cabeça para os haters.

Quando fiquei sabendo que o livro (que é uma ótima fonte de zuera), seria adaptado para as telonas, logo pensei: Isso vai dar uma treta sinistra, acompanhei as divulgações do filme e achei muito interessante a forma como ele resolveu abordar o tema do livro, que por sua vez é bastante atual, pois hoje vivemos em um mundo muito diferente daquele em que crescemos. A escola em cada época foi diferente e não só ela, mas o jeito de ensinar e até mesmo os alunos que viviam em um tempo sem celulares e sem internet.

Um tema que é muito debatido atualmente e que antigamente não era nem se quer de conhecimento público é a questão do bullying, que é o ato de praticar “zoeiras” excessivas contra uma pessoa por causa de sua cor, raça ou religião. E é justamente com a popularização do politicamente correto que o diretor e Gentili tanto criticam no filme. Fica claro nas frases dos personagens, mas sem se aprofundar muito nessas discussões. mas bem… vamos falar do filme em si.

O filme acompanha a história de Bernardo (Bruno Munhoz) e Pedro (Daniel Pimentel), típicos alunos do ensino fundamental, que estão prestes a repetir de ano, tendo como última chance uma prova final de matemática, recorrem a um ex-aluno do colégio, dono de uma caixa cheia de truques, planos e pagadinhas, que eles encontram escondida no banheiro.(Essa parte me veio logo a mente, um dos filmes da serie American Pie),

Essas bugigangas eram do personagem de Danilo Gentili que estudou na escola há muito tempo. Daí para a frente o filme se torna um verdadeiro remember de todos os clássicos estudantis da sessão da tarde como Curtindo a Vida Adoidado, A Vingança dos Nerds, Karatê Kid e Porky’s que são apenas algumas das claras referências que o longa trás. Ele treina os dois garotos para se tornarem os piores alunos da escola. É a partir do momento que Pedro encontra o personagem de Gentili que toda a trama começa a fluir.

O garoto então inocente tem o caminho desvirtuado e aprende a fazer todo o tipo de coisa para infernizar a vida dos professores e do diretor. Ele dá aulas de como deixar de ser um “cabaço” e parar de ser certinho e começar a ser mais malandro.

Ahh e também nao podemos deixar de dar o devido destaque para nosso querido Carlos Villagrán (QUICO), um dos melhores nomes da comédia latina americana, que dá vida ao diretor que sofre com as pegadinhas cada vez mais pesadas que os garotos fazem. Sua atuação é boa, mas complicada de ser entendida por conta da barreira linguística. Nada que tire o brilho e a graça de sua personagem.

Danilo Gentili e o diretor Fabrício Bittar, basearam bastante em Karate Kid (1984), no conceito de mestre e aluno, e principalmente em Curtindo a Vida Adoidado (1986), filme onde o adolescente Ferris Bueller enganava os seus pais e professores para matar aula.

É um filme que não influência ninguém a nada (pelo menos é o que se espera – mesmo acreditando que pessoas processarão Danilo por algo referente a isso), e trás de volta a nostalgia de poder fazer as brincadeiras na escola sem tanta maldade e desrespeito ou sem tanta delicadeza igual nos dias de hoje.

 

 

Se você ainda não foi assistir, está esperando o que ?? corre ver!!!