OS 10 EVENTOS MAIS CONTROVERSOS NA HISTÓRIA DAS HQ’S

Muito se falou sobre o final de Homem de Aço. A controversa cena em que Kal-El é obrigado a tomar uma medida drástica para evitar que Zod continuasse com sua vingança desenfreada foi recebida com sentimentos mistos entre os fãs. Muitos acharam que o escoteiro passou dos limites, outros afirmaram que a cena foi necessária e significante para a construção do personagem. Acompanhe nossa lista com os 10 momentos mais controversos das HQ’s.Em nossa lista incluiremos não somente os eventos relacionados diretamente as HQ’s, mas toda mídia relacionada aos heróis dos quadrinhos seja em filmes, séries, propagandas de cereal ou onde quer que seja. Sem mais demora, vamos à lista.

10. Superman mata Zod (1988)

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Superman #22 será citado por uma razão bem óbvia. Kal-El mata o General Zod, aparentemente, a sangue frio, estabelecendo um precedente para argumentar contra aqueles que dizem que o Superman não mata.

Na história, Superman é transportado para um universo paralelo onde a Terra foi dizimada por Zod e seus lacaios. A decisão do escoteiro é justa, mas alguns anos depois o herói se sente culpado e acaba consumido pela loucura, exilando-se do planeta.

Esta foi a última edição escrita pelo renomado John Byrne e é um marco que poucos escritores conseguiram igualar.

9. Marvel Mangaverso (2000 – 2002)

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Marvel Mangaverso foi uma tentativa da editora de tentar se aproximar dos leitores das publicações japonesas, moda que explodiu nos Estados Unidos no final dos anos 90. A publicação apresentava os principais personagens da Marvel em versão Mangá com seus tradicionais olhos gigantes e garotas indefesas em uniforme escolar. A adaptação não foi muito bem recebida e a série foi cancelada após 13 edições. No Brasil, as edições foram publicadas pela Panini entre 2002 e 2003.

8. Hal Jordan Supervilão (1994)

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Em 1994, a DC Comics achava que Hal Jordan não combinava com o público adolescente que eles estavam tentando atingir e decidiram eliminar o personagem. Embora a morte de Hal Jordan pudesse ser uma história interessante e mais do que suficiente para saciar os desejos da editora, a DC decidiu que a melhor maneira para se livrar de Hal seria transformá-lo em um louco psicopata.

Hal mata diversos de seus companheiros Lanternas e quase todos os Guardiões de OA para se redimir em um ato heroico onde reacende o sol com seu sacrifício. Em 2004, toda a situação foi atribuída à possessão do corpo do lanterna por Parallax.

7. A Morte de Magneto (2004)

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Como muitos personagens de HQ’s, Max Erik Magneto Lehnsherr Eisenstadt, já morreu diversas vezes, apenas para reaparecer com uma explicação bem fajuta sobre como ele teria enganado a morte.

Em “New X-Men” de Grant Morrison, Magneto consegue derrotar os X-Men e conquistar Manhattan. O vilão mata Jean Grey pela enésima vez e tem sua cabeça decepada por Wolverine, que vinga a morte de sua amada.

Os executivos da Marvel não gostaram nada do desfecho da história e contrataram Chris Claremont para escrever um novo arco onde Magneto aparecia e dizia: “Ei pessoal, o cara que vocês mataram era só muito parecido comigo e tinha quase os mesmos poderes que os meus, mas eu ainda estou vivo, hein!”

Morrison disse que decidiu matar Magneto para que a dinâmica entre os pensamentos de Erik e os X-Men fosse alterada e desse uma nova era de possibilidades criativas. O escritor ficou tão decepcionado com a história de Claremont que nunca mais trabalhou para a Marvel.

6. A segunda saga do clone do Homem-Aranha (1994-1996)

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A DC ainda estava na onda de grandes sagas como A Morte do Superman e A Queda do Morcego, mas a equipe de roteiristas da Marvel estava tendo problemas em pensar em algum elemento tão dramático como Bane quebrar a coluna de Batman ou Superman ser morto por um monstro cinza e espinhento!

Isso até o escritor Terry Kavanagh dar a ideia de continuar a saga do clone de 1973, com um toque notável: “Um clone perdido do Homem-Aranha que se revelaria como o verdadeiro Peter Parker.”

A manobra permitiria que os escritores “rebootassem” a série, introduzindo novas histórias, vilões e personagens secundários, mas os fãs não gostaram das mudanças. Depois de diversas demissões de roteiristas e uma espécie de motim por parte dos editores, a Marvel decidiu voltar atrás, Ben Reilly foi morto e o universo do aranha voltou ao mais próximo do normal.

5. A votação pela morte de Robin

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Depois de Dick Grayson deixar Batman para liderar os Novos Titãs, ele foi substituído por Jason Todd que, por estranha coincidência, também era órfão de acrobatas assassinados e foi bem aceito pelo público em geral.

Isso mudou após Crise nas Infinitas Terras, a empresa resolveu alterar drasticamente a origem de Todd para um órfão viciado em drogas que foi pego por Batman enquanto tentava roubar as rodas do Batmóvel. Além disso, a personalidade do sidekick foi alterada e muitos fãs passaram a vê-lo como um pentelho amarrando as histórias do Cavaleiro das Trevas. Assim, quando a DC resolveu dar voz aos fãs e iniciar uma votação via telefone para decidir o futuro de Todd, vimos o Robin ser brutalmente espancado pelo Coringa e deixado para morrer em um armazém em chamas.

A morte de Jason Todd se tornou uma peça chave na mitologia de Batman… até 2005, quando foi revelado que Todd sobreviveu e se tornou o letal vigilante Capuz Vermelho.

4. Um Dia a Mais (2007)

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Basicamente, toda a história construída ao longo de décadas foi alterada por um evento que apagou os acontecimentos da vida de Peter Parker para salvar sua tia May.

O escritor Michael Straczynski discordou tanto do resultado final que chegou a pedir para que seu nome fosse retirado da revista. Em 2007, a IGN declarou que “One More Day” foi o pior arco publicado pela Marvel.

Por outro lado, ninguém menos que Stan Lee, elogiou a coragem da decisão.

3. Crise de Identidade (2004)

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Mais uma saga que dividiu os fãs. Muitos dirão que Crise de Identidade é a melhor coisa que já aconteceu no Universo DC, outros dirão que foi o pior acontecimento. Embora do ponto de vista de vendas, foi um sucesso considerável.

Sem detalhar muito o enredo, foi uma tentativa de se injetar elementos mais dark e temáticas mais adultas aos personagens da DC em geral, principalmente à Liga da Justiça.

Os críticos chamaram atenção para a abordagem aos direitos das mulheres (em particular, ao estupro de Sue Dibny) e muitos fãs disseram que essa nova abordagem estava destruindo as origens e as histórias construídas pelos personagens ao longo dos anos.

2. Ultimate Marvel: Ultimatum (2008)

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O Universo Ultimate da Marvel foi lançado em 2000 como forma de revitalizar personagens populares da editora e propriedades que acabaram tornando-se confusas ao longo dos anos, chegando em alguns casos a superar suas identidades originais.

Mesmo que uma das regras básicas desse universo fosse a ênfase no “realismo,” os títulos estavam recheados de humor babaca e ação blockbuster.

Alguns anos mais tarde, Jeph Loeb estava no comando de Ultimatum, um amplo universo de crossovers onde diversos personagens foram comidos vivos, tanto foi que quando a série foi rebootada, poucos personagens ainda estavam vivos. A reação da crítica foi quase 100% negativa, a narrativa era confusa e havia diversas tramas que não chegaram a lugar nenhum.

1. Crise das Infinitas Crises

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É certo dizer que Crise nas Infinitas Terras de 1985 alterou os eventos dos super-heróis dos quadrinhos pra sempre. Um ano inteiro onde diversos personagens sofreram modificações, heróis morreram, o velho conceito de multiverso foi abandonado e a DC pôde simplificar radicalmente seu universo ficcional.

Apesar de ter dado sequência a diversos arcos memoráveis, isso abriu uma válvula de escape para DC que lançava mão de uma “Crise” para se livrar de alguma pedra no sapato. Os eventos pós-crise original levaram a Hora Zero: Crise no Tempo, Contagem Regressiva para Crise Infinita, Crise Infinita e Crise Final.

Finalmente, a DC cansou de tanta crise e decidiu rebootar todo seu universo de uma vez após os eventos de Flashpoint, relançando seus títulos nos Novos 52 e trazendo de volta a esperança dos fãs de conseguirem ler seus quadrinhos sem precisar temer uma explosão que altere a história novamente.

Adaptado da Mandatory